Lucas Costa
20 anos, estudante de jornalismo, faixa preta de jiu-jítsu e fera em muay thai e caratê. Fã de jogos e filme de zumbi, nunca imaginou que um apocalipse zumbi fosse real. Não serviu o exército, mas quando tudo começou, se preparou por conta própria e do seu jeito. Enquanto sua família foi para a safezone da Oceania, no Taiti (livre do vírus), ele ficou para lutar e salvar amigos em Santos, sua cidade natal. Saiu de casa com um facão e uma pistola automática, que encontrou no Posto Policial abandonado do Morro São Bento. Com uma cena fantasmagórica diante dele, pegou uma moto e desceu em direção ao posto de gasolina que fica bem na saída do túnel para abastecer. A visão que ele teve foi horrenda. Carros, ônibus e caminhões parados, destruídos e empilhados enquanto ele abastecia a moto, já que ainda tinha gasolina naquele posto. Após encher o tanque da moto por inteiro, foi costurando no meio do ferro velho a céu aberto, na avenida do Centro de Treinamento do Santos, fazendo a volta e indo em direção ao centro da cidade, na tentativa de resgatar algum sobrevivente e reforçar seu armamento.
Chegando perto da Loja de Armas, que fica na General Câmara (perto do prédio do Grupo Rodrimar), Lucas parou a moto bem na frente do estabelecimento e viu que a porta estava arrombada. Sacou a pistola e a engatilhou, enquanto mirava, a espera de que algum zumbi aparecesse. Como não aconteceu nada disso, ele pegou uma enorme bolsa e guardou muita munição, pegou outra pistola automática, dois revólveres e uma espingarda calibre 12. Como tinha muita bagagem, teve que abandonar sua moto e pegar um carro no estacionamento bem ali na frente. Pegou uma Land Rover que estava lá, com tudo aberto, e a chave no plug. Colocou boa parte da bagagem no porta-malas, e ficou só com a faca, duas pistolas e cartuchos de munição. Virou a chave, e o carro ligou. E por sorte, o tanque de combustível estava cheio.
Via zumbis por onde passava, e agora tinha como objetivo ir pra São Vicente, e invadir o Batalhão de Infantaria Leve do Exército, que já estava sem ninguém, mas com a reserva de armamentos intacta (na verdade, duas amigas dele passaram por lá). Não gastava munição à toa, até que viu uma moça sendo mordida por três zumbis. Ele parou o carro, desceu e saiu atirando, mas de nada adiantou o seu esforço, pois a mulher já estava morta, e daqui a umas horas, ia se transformar em um deles. A porta do Batalhão estava aberta, e Lucas tratou de fechar quando entrou com o carro, para evitar surpresas. Ao chegar na reserva de armamentos, viu fuzis, rifles de alta precisão e submetralhadoras, além de granadas. Pegou tudo o que podia e levou pro porta malas do carro, até que viu um pacote embrulhado e uma caixa do lado, com um bilhete.
Abriu o pacote e descobriu uma espada ninja, e abriu a caixa, encontrando dez shurikens dentro dela. O bilhete dizia:
"Já tenho bastante dessas, então fica pra outro sobrevivente" - Assinatura anônima, com um beijo de batom no papel.
Tinha outro, também dizendo:
"A melhor rota de fuga é pela Base Aérea. Pilotar um avião não é difícil, lá está lotado deles. Escolha o melhor e vá para um lugar seguro". - Assinatura anônima, também com um beijo de batom no papel.
Deixando o batalhão armado até os dentes, Lucas ligou o GPS do carro em direção até a Base Aérea de Santos, que era seu plano B. O plano principal era ir até a marina do Guarujá e fugir num iate, ou ir ao Porto de Santos e fugir de navio, mas voltou atrás quando leu o segundo bilhete. Chegando na Base, se equipou devidamente com o armamento, e procurou por sobreviventes. Não encontrou, mas achou um bimotor, que também tinha um bilhete, com um beijo de batom no papel. Antes de ler, guardou o armamento na área dos passageiros e foi para a cabine de comando. Verificou o nível de combustível da aeronave, que estava cheio.
Leu o bilhete, que dizia:
"Cidades fantasmas ao redor do mundo são a melhor pedida para ficar seguro, fazendo uma estadia antes de ir para a safezone". - Assinatura Anônima
O relógio marcava 19h, e Lucas decolou da Base Aérea de Santos. O lugar escolhido por ele era Camak, uma cidade fantasma no estado da Georgia, Estados Unidos.
![]() |
Cidade fantasma de Camak, no estado americano da Georgia |
Foram quase nove horas de vôo, e ele conseguiu pousar numa área que podia servir de base aérea. Pegou o armamento, as bolsas e procurou um lugar para dormir um pouco, pois o relógio marcava 4h da manhã quando ele chegou. Invadiu uma loja abandonada e descarregou a bagagem, indo dormir num berço, pois era a única alternativa que tinha. Mesmo com 1,77 de altura, cabia ali. Acordou quando o relógio marcava 10h30, e foi até lá fora, onde encontrou um carro. Antes, teve que lutar contra oito zumbis. Sacou as duas pistolas da cintura e foi eliminando-os de seu caminho. Vieram mais, pareciam não parar, mas eram muito lentos, e isso ajudava. Foi derrubado por um deles e fez um corte no rosto, mas não foi mordido. Inverteu a posição e deu um tiro na cabeça do indivíduo. Percebeu outro vindo por trás, e sem nem olhar, mirou e acertou em cheio, com muita frieza. Após passar por apuros, fez o carro funcionar e dirigiu até uma casa perto dali.
![]() |
Casa onde Lucas ficou era perto da loja onde ele dormiu quando chegou |
Ao entrar no banheiro, levou as duas pistolas e os estojos de munição para ambas, quando se deparou com uma menina, que aparentava ter uns 17 anos, desacordada e completamente nua. Loira, com um corte no rosto, assim como ele. Do outro lado da parede, outra menina, toda nua, morena, aparentava ter 24 anos e com marcas de mordida. Ela grunhia e rastejava em direção a ele. A loira acordou e gritou por socorro, quando Lucas sacou a arma e matou a zumbi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário