sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

JOHNSONSVILLE - (Connecticut, EUA) - Stephanie Telmo (parte 2)

O vírus zumbi devastou a humanidade. Há bem poucos sobreviventes espalhados pelo mundo, e minha família está num lugar isolado e bem longe da zona de infecção. Eu e meus amigos estamos espalhados pelo mundo, tentando salvar mais pessoas e voltar para a safezone onde a família está.

PARTE 02 - Stephanie Telmo

Após todo o perrengue em St-Elmo, estado do Colorado, Stephanie preparava seu próximo passo para sobreviver. Durante dias pensando em algum lugar, ela se lembrou de Johnsonsville, uma cidade fantasma localizada no estado de Connecticut. Primeiro, saiu de moto para fazer uma revista minuciosa pelo lugar onde se encontrava. Lojas, casas abandonadas, Igrejas. Nenhum sinal de vida, a não ser os zumbis. Para não gastar munição, ela usou uma espada ninja, e só usou as pistolas quando necessário. A noite chegava, e ela já tinha tudo pronto para partir, restando apenas entrar no avião e decolar. Mas um imprevisto aconteceu, e Stephanie teve que enfrentar seu maior desafio. Uma criatura estranha, alta, com uns 2 metros de altura, e um machado gigantesco. Ela tentou correr para o avião enquanto atirava no monstro, mas tropeçou e caiu. Ágil e rápida, escapou de um ataque do gigante e foi pra dentro de uma loja. Ali, eram só os dois. Ela atirou, e não adiantava, até o monstro jogar Stephanie contra uma parede. Ela bateu a cabeça e caiu. Não conseguia se mexer, não mexia braços e pernas, estava totalmente entregue, apenas olhando o monstro e esperando pela morte. Mas ao contrário do que poderia acontecer, o monstro saiu andando e desapareceu. Depois disso, Stephanie desmaiou. Depois de quase uma hora, ela recobrou a consciência, mas nada estava do jeito que estava na batalha com o gigante do machado. A faixa preta de jiu-jítsu estava nua, com a cabeça deitada numa pequena poça de sangue, e suas duas pistolas estavam atrás de um balcão destruído pela criatura, mas nada das roupas usadas por ela. Ela não conseguia se mexer, talvez por conta do ataque que sofreu. Sem força alguma, ela tentou rastejar pelo chão para alcançar suas armas.

"Preciso voltar para o avião" - dizia, para si própria

Enquanto rastejava, Stephanie sentia dores muito fortes. Resistia bravamente para tentar alcançar as pistolas, mas perdeu as forças e novamente desmaiou. Foi aí que uma pessoa misteriosa, vestida toda de preto, de capuz e máscara, a carregou no colo até o seu esconderijo e depois fugiu. Depois de 25 minutos, a campeã de jiu-jítsu acordou num berço de bebê. Sem mais nenhuma dor, saiu de lá e foi tomar um banho. Depois, colocou uma nova roupa (havia perdido a anterior enquanto estava desacordada após a batalha) e saiu em direção ao avião. Conseguiu guardar a moto dentro da aeronave. 

"Depois de escapar da morte, vou é fugir daqui. Espero que em Johnsonsville eu encontre sobreviventes" - repetia

O tanque ainda tinha combustível de sobra para a viagem, e lá foi ela. Pilotando por algumas horas, conseguiu pousar na cidadezinha fantasma e saiu em direção a uma casinha que viu. Guardou as armas e ligou o notebook, tentando achar sinal de internet. Para a sua sorte, tinha. A cidade parecia tranquila.
Até abastecimento de água tinha. 


Casa de Stephanie em Johnsonsville. Refúgio da campeã de jiu-jítsu no mundo perdido

Depois de uns 5 minutos, conseguiu fazer contato com Thabata, sua amiga, que estava em Bodie, na Califórnia.

Stephanie: Graças a Deus você tá viva!
Thabata: Onde tu tá, meu?
Stephanie: Pousei faz um tempinho em Johnsonsville (Connecticut)
Thabata: Tô pensando em ir aí. Devo sair de Bodie logo, to matando muito zumbi, e é foda de achar sobreviventes por aqui
Stephanie: Eu quase morri em St-Elmo
Thabata: Zumbis?
Stephanie: Não. Um gigantão com um machado.
Thabata: Eita porra, como?
Stephanie: Do nada ele apareceu, lutei com ele. Dei uns tiros, mas ele me jogou na parede e aí não lembro de mais nada. 
Thabata: Deve ter ficado desacordada.
Stephanie: Quando acordei, tava pelada e não conseguia andar. Depois disso, acho que apaguei de novo e acordei num bercinho de bebê.
Thabata: Vish...achou algum sobrevivente?
Stephanie: Não lembro, nem sei como fui parar nessa casinha. Só lembro de estar no berço quando acordei, uns enfeites de bebê, brinquedos, ainda tava sem roupa, mas acho que alguém me trouxe até aqui. Não lembro de nada, nem de como cheguei até aquela casinha.
Thabata: E o armamento?
Stephanie: Ainda tá intacto. Tenho bastante munição, mas perdi um revólver calibre 32.
Thabata: Pelo menos ainda tem as pistolas, fuzil, metralhadoras, rifles e outras armas.
Stephanie: Achei que fosse morrer, mas não entendi porque o gigantão não me matou. Bem, graças a Deus.
Thabata: Sim. Tô muito aliviada em saber que você tá viva e tá bem!
Stephanie: E eu em saber que você não foi mordida ou morta. Vem pra cá então!
Thabata: Vou fazer uma última vistoria por aqui, ver se acho algum sobrevivente, e pego o avião pra sair daqui.  Bora se comunicar por um rádio então, qualquer coisa! Não podemos perder contato
Stephanie: Tá bom, pode deixar. 

Depois da conversa, Stephanie saiu de moto em busca de sobreviventes em sua primeira patrulha, mas nada encontrou. Nem mesmo zumbis ou criaturas estranhas. Dali, voltou pra casa e dormiu, apenas esperando o chamado de sua amiga no rádio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário